Essa semana vendo o vídeo do ex-presidente Luís Inácio da Silva, falando que um dos grandes motivos do crescimento da pandemia eram as igrejas abertas, onde havia cultos que ofereciam cura para seus fieis, me faz pensar sobre qual a imagem que as pessoas que não professam a mesma fé têm pela igreja.
Na geração anterior, todo movimento cristão era respeitado perante a sociedade, muitos podiam não participar dos cultos, mas quando viam um cristão, alguém segurando uma Bíblia, respeitava, pois no momento de dificuldade esse Cristão tinha sempre a solução, sempre uma palavra de sabedoria, quantas vezes que não cristãos procuravam cristãos pedindo oração por alguma enfermidade, e a cura acontecia, houve um tempo em que ser Cristão era sinônimo de bom caráter, boa índole, honestidade, um exemplo a seguir.
Em algum momento nessa transição de geração algo foi mudando, e como consequência hoje se declarar cristão para muitos não significa nada, e em alguns casos isso pode até ser algo desfavorável, pois foram acontecendo vários escândalos no meio da Igreja, que foi minando todo legado de pureza deixado pelas gerações anterior, e dessa forma não sendo possível contestar quando alguém levanta algum fato negativo contra igreja, pois muitas vezes esse fato é verídico.
Esse texto não é uma acusação para alguém, mas é uma forma de te convidar a refletir de como podemos mudar essa imagem, como que podemos nos tornar novamente relevantes nas sociedades de forma efetiva, porque o discurso de que venha na igreja e receba a cura, não está errado, o problema que hoje não há mais cura na igreja, comparado a outras gerações, hoje sobrenatural é quando alguém sente um arrepio, um vê um anjo de fogo, sendo que houve uma época que sobrenatural, eram famílias sendo restauradas, enfermidades sendo curadas, onde a igreja fazia trabalhos sociais impactantes, mas hoje vemos família sendo destruídas dentro das igrejas, pessoas depressivas dentro da igreja, problemas causadas por falta de uma autocritica sobre erros que deveríamos concertar, mas acabamos passando o pano, e nos tornamos hipócritas, pois pedimos justiça no mundo, quando temos injustiças no nosso meio.
Podemos tentar definir vários pontos que podem determinar onde a chave mudou, mas na minha opinião, algo que mudou tirou a Igreja do foco da coisa de Deus, foi a Teologia da Prosperidade e a Teologia do determinismo, onde a cruz e a graça foram deixados em segundo plano, e o meu bem estar, o prazer nas coisas terrenas foi colocado em primeiro lugar, onde é pregado um Deus que só serve para me dar o que preciso, e se não der, tenho o direito de ficar pedindo até que me dê aquilo que alguns consideram como merecedores.
Como consequência, a busca pelos dons foi deixado de lado, pois no momento de pandemia, quem de nós tem a ousadia, de ir em um hospital e orar por alguém com covid-19, eu não tenho essa fé e autoridade, reconheço, mas o pior do que não ter, é se esconder atrás de desculpas, pois muitos vão falar que isso é tentar a Deus, que temos vigiar e orar, mas a palavra diz que Jesus tocava em leproso, uma doença altamente contagiosa, e a cura acontecia
Precisamos ter a mentalidade que Deus pede para igreja de
Éfeso no Apocalipse, de ver onde caímos e retornar ao primeiro amor, voltar à
essência do evangelho, a igreja precisa para de se envolver com questões
terrenas, e voltar seus olhos por aquilo que Jesus deu sua vida, não adianta
pedir mudança no governo terreno, se o governo dentro da igreja estiver
corrompido, não adianta querer mudar o mundo na força do nosso braço, enquanto
não levantar uma geração como Ester, Daniel, Esdras, que faziam a diferença
através do caráter, essa guerra nunca será vencida no discurso, ou na
militância, mas na manifestação do Espírito Santo
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